minha (mas toda sua) imoralidade.
sobre o corpo:
é o desejo subtraído com o manejo de te ver partir.
todo vez que me abro as mãos, você pula corda afora.
será que ela é bamba? curta? longa?
lembro dos dias e mais dias. minha embriaguez em teu ser.
então tu me desejas mesmo, né?
me queres mais....
perdão.
confundi desejo com mansidão.
agora que sei o que tu queres.
abro a porta.
ou talvez: abre a porta.
as vezes gosto de ser pressa.
cansei de ter.
hoje sou.
o quanto me custa?
minha sanidade inteira.
te ter por um delírio ou uma noite que seja, me custa uma vida banida dos ares.
me custa a solidão de me ter.
a boa, claro.
me custam horas em que poderia estar desbravando as curvas das matérias que deixei sob(re) a mesa.
me custa muito. mais tanto. que nem sei decifrar...
ou quantificar a falta que tu faz, por exemplo...
te querer é meu pior castigo.
é o maior delírio que hei de inventar.
te querer é desperdício.
e me despeço, deste altar.
te querer é banal
e me julgo deste mal, mas não fujo não...
te querer é hemisfério. curto. sério.
te querer é querer encurtar minha imensidão.
me despele a pele ao me despir.
mas, me diz: te querer é mesmo a maior raiz?
te querer se faz pecado mortal?
te querer tanto assim, é devaneio ou já nasceste assim?
mas, me conta: fazer de ti meu refúgio, conta?
então, sim, estou perdida.
me perdi em te querer muito
e você, me querer sim: mas apenas em entrelinhas.
- lu m nanda
Comentários
Postar um comentário