a vida por mim mesma

 as pontas dos meus dedos cheiram ao meu avô

as pontas dos meus cabelos, sinto, penso, não possuem cor

as vezes, é, difícil

quero, busco, mas, tenho valor?


ainda assim, busco, meu próprio caminho

sei do que sinto, então, permito


a vida

a dor

o que vier

o que for


antes que a vida acabe, meu bem

vem dançar comigo

me fazer teu harém 

teu único harém


e então talvez eu te chame 

para um jantar

uma conversa, que comece as 19h e não termine mais


ou acabe, por hora


mas que tenha alma colocada para fora


porque, sim, querido, eu amo futilidades

conversa jogada fora


mas, prefiro a demora

a demora sem hora, sem pressa

a que passa tempo, hora 

e ainda assim, sem dessas, não te leva


será que um dia eu vou te deixar descobrir o que eu nem sei que existe em mim?

será que um dia eu conseguirei admitir para mim mesmo tudo que acontece por aqui?


eu não me importo mais, então, se você não vir


a vida corre

deixe que eu desvende ela daqui, por mim

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