accueillir

não é como se eu tivesse tirado você da minha vida. 
apagado todas as memórias de um dia para ou outro e, num instante, "cadê o nós?"
nunca foi minha intenção uma divisão, qualquer que fosse 
é que eu pedi para entrar - eu pedi para resolvermos isso 
continuei sendo aquela em que acredito: a que pede desculpas pelos erros
só que, dessa vez, eu apenas quis pontuar, não seus erros, mas o que doeu em mim também
sua resposta? fechada em minha face 
a porta outrora esteve aberta a mim 
então, peguei meu orgulho, a única coisa que restava 
e me segurei firme e sã
não foi a primeira vez que me rasgaram e transformaram o que sou em terror profundo
eu que cansei de me queimar 
então, agora, fugir é o bastante 
me guardar é a coisa mais corajosa que pude fazer
porque, você sabia a senha 
e eu te deixei entrar 
te mostrei onde doía 
mas eu nunca pensei que você seria a que abriria mais uma vez a ferida 
eu nunca pensei que você seria a que abriria mais uma vez a mesma ferida 
então, não, não te peço desculpas por proteger a mim mesma 
eu já me joguei de precipícios antes 
e o que me restou foram as dores para curar sozinha

se você tivesse mostrado uma brecha, qualquer que fosse 
eu correria contra os lobos 
mas, querida, hoje em dia a porta está aberta apenas para quem me quer bem-vinda




accueillir

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